Proibido proibir – Sindespe foi retirado da grade de palestras da “EAP”
Depois de um projeto que durou anos, idealizado por um antigo diretor de outra entidade sindical, juntamente com o presidente do “SINDESPE”, fomos retirados da grade para palestras do sindicato no curso de formação dos novos AEVPs, isto porque somos chamados de “pelegos” e considerando que outras entidades estiveram no curso de formação de “ASP” Agente de Segurança Penitenciária , por vários motivos estão querendo nos calar, esta semana ao ser perguntado sobre os motivos, o Secretário da pasta se negou a informar.
O Sindespe sempre teve um posicionamento crítico ao que é errado na administração pública, por isso quando há acertos, exaltamos, e quando há erros, evidenciamos para que não se repitam. Nesse sentido, depois que emitirmos um ponto de vista em uma matéria sobre os “PUXADINHOS” que são transformados em semiaberto dentro de unidades prisionais paulistas de regime fechado, estamos sofrendo uma perseguição velada por parte da SAP. A matéria se encontra abaixo:
Os políticos passam, os servidores públicos ficam, por isso estamos tranquilos em relação a qualquer represália, pois seguimos a lei e a atividade sindical é protegida por essa mesma lei. A Constituição Federal ao proclamar no art. 8o , I , diz que é “vedada ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical”
Em relação a EAP, há tempos temos uma postura crítica na atuação da Escola de Administração Penitenciária na formação profissional dos “NOVOS e ANTIGOS POLICIAIS PENAIS” pois há um esforço incompreensível na formatação de cursos EAD, dos quais pouco são necessários no dia a dia do AEVP, seja na muralha, na escolta, no fórum ou em qualquer uma de suas atribuições. Enquanto que cursos presenciais de habilitação no uso armas, condução de viaturas e etc, são esquecidos, como exemplo podemos citar a habilitação no uso da carabina 556 (fuzil) que poucos AEVPs nas unidades prisionais dispõem de tal formação, e muita das vezes o armamento fica guardado sem utilização por não haverem policiais penais habilitados no plantão. Tal situação é vexatória e incompreensível para o Estado com o maior sistema prisional do país, e a EAP possui dezenas de instrutores de tiros (policiais penais) a sua disposição para habilitar todos os AEVPs, mas prefere abrir licitação para contratar empresa privada para capacitar apenas 150 Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária em um universo de mais de 5 mil que não possuem treinamento.
Já passou da hora da EAP ser reformulada, e com a regulamentação da POLÍCIA PENAL, esperamos que uma “Academia da Polícia Penal” seja também criada, nos moldes das Polícias Civil e Militar.
A retirada do Sindespe do curso de formação pode ser também uma tática do governo em omitir os DIREITOS dos servidores, só exaltando os DEVERES dentro da carreira.
Mas continuaremos com nossas lutas em prol dos Policiais Penais, mesmo que tais lutas desagradem os Políticos temporários na cadeira e servidores públicos .
Atual Diretora da “EAP” Escola de Administração Penitenciária: Gisele Angelica Silveira Rodrigues.